Inclusive essa reportagem da Gazeta do Povo fala dos benefícios dos videogames na educação. Já são oferecidas graduações como Jogos Digitais, Design e Planejamento de Games em algumas faculdades do Brasil. E se você acha que o salário é pouco, a remuneração nesta área vai de R$ 4 mil a R$ 20 mil, segundo a instituição de ensino Impacta.
Além, é claro, dos milhares de games baseados em histórias reais, que apresentam momentos históricos e colocam o jogador dentro deles, como Segunda Guerra Mundial, conflitos da era medieval, entre outros. Estudos comprovaram que jogar video game regularmente pode aumentar a massa cinzenta no cérebro e impulsionar a sua conectividade. Isso porque a prática está associada ao controle muscular, memórias, percepção e navegação espacial, elementos quase sempre presentes nos jogos de hoje. O universo on-line é uma realidade para todos nós, principalmente para as crianças e jovens nascidas no século XXI. Há pouco mais de 20 anos o meio virtual passou a ser meio não só de acesso a conhecimentos, mas de interação social e diversão”, informa. Se considerarmos o alto grau de dificuldade exigida por essa atividade aos seus praticantes, aliado ao fato de trabalhar a coordenação motora, percebemos que os jogos podem facilitar muito o processo de aprendizagem.
Por tudo isto, José Herráez aconselha ‘’que os pais partilhem a experiência dos jogos de vídeo com os filhos e que não façam das consolas uma ferramenta para manter as crianças ocupadas enquanto se dedicam a outra coisa. É recomendável estabelecer regras para o uso dos vídeo jogos, como o tempo máximo de utilização diário, e respeitá-las em todas as ocasiões’’. “O acesso aos games que antes eram esporádicos, para alguns passou a ser rotineiro. Nesse sentido, algumas crianças e jovens passaram a fazer uso destes como estratégia de distração e até de interação social, uma vez que muitos jogos permitem isto com outros jogadores, em tempo real”, explica. Pensando nisso, pode ser interessante que os responsáveis estipulem um tempo máximo para os jogos eletrônicos. Dessa forma, os filhos não precisam abrir mão desse tipo de lazer, mas também não se privam de outras atividades.
Para algumas escolas, é um recurso pedagógico importante, para outras não”, exemplifica. Não é porque é uma realidade, e até uma tendência de mercado, que necessariamente a criança deva ser estimulada a esse nicho. Eles mesmos vão nos sinalizando se podemos ou não estimular”, sugere a especialista. Crianças e adolescentes voltados quase que exclusivamente para este universo on-line podem estar desenvolvendo uma espécie de fobia social?
Artigos Relacionados
Entretanto, salientamos que é necessário cuidar para que seus filhos joguem com moderação. Também é importante escolher o jogo certo, pois nem todos oferecem os mesmos benefícios. A idade também deve ser levada em conta, pois crianças pequenas não devem ser expostas a jogos violentos. Além disso, há a questão dos predadores sexuais, que encontram Jogos ao vivo nos jogos online uma chance de interagir com crianças e descobrir dados pessoais ou coisas piores. Segundo o FBI, agência de inteligência dos EUA, as crianças de 12 a 15 anos são as mais vulneráveis — nessa idade, os pais já monitoram menos seus filhos e, às vezes, não os educaram o suficiente para conseguirem evitar estranhos na internet.
Embora os jogos sejam uma forma de entretenimento, com o apoio e orientação dos pais, os videogames beneficiam os filhos, ajudando-os a desenvolver sua criatividade, nutrir relacionamentos com amigos e melhorar o pensamento estratégico. Pensando em atender a esse público, as desenvolvedoras de jogos eletrônicos, como a Orange Studios Games e a Spin Master Studios, têm investido cada vez mais no desenvolvimento de games educacionais. Com eles, buscam estimular as crianças a desenvolver novas habilidades e novos aprendizados enquanto jogam. Hoje em dia, jogar videogame ou jogos no computador de forma online é uma coisa bastante comum para as crianças. Claro, há sempre a limitação de não ter uma internet com uma conexão boa ou o fato de que alguns jogos são pagos e caros. Além de ficar entretido, jogar jogos que os desafiem e ajudá-los a desenvolver habilidades para a vida, como habilidades para resolver problemas, é uma ótima maneira de se beneficiar de sua jogabilidade.
Finalmente, um estudo publicado em 2014 na Molecular Psychiatry por pesquisadores do Instituto Max Planck na Alemanha mostrou que pessoas jogaram Super Mario 64 tiveram um aumento no tamanho das regiões cerebrais. Um estudo publicado em 2013 vai além e diz que a nossa cognição pode ser melhorada quando jogamos. A pesquisa, publicada no mês passado na revista Molecular Psychiatry, conclui que intervenções assim “poderiam melhorar substancialmente a saúde mental daqueles que sofreram trauma psicológico”.
Vício online: casal chinês vende filhos para continuar jogando
Incentive as crianças a brincar em espaços comuns para compartilhar a experiência de uma maneira familiar. Isso ajuda você a detectar problemas como conteúdo preocupante ou muito tempo de tela. Manter os videogames em salas familiares transforma os jogos em uma parte normal da vida familiar, em vez de algo separado ou escondido. As escolas agora usam o aprendizado baseado em jogos com mais frequência para ajudar os alunos a entender e pensar sobre tópicos complexos. Isso pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades matemáticas ou a se familiarizar com conceitos da ciência. Gamificar o aprendizado e permitir que as crianças vejam as coisas de uma maneira diferente pode incentivá-las a compreender os tópicos mais rapidamente e de maneira mais significativa.
Essa complexidade pode ensinar muitas coisas aos pequeninos, e, nesse sentido, desenvolver habilidades que eles poderão usar na vida adulta. Esta outra pesquisa foi publicada na revista Psychology of Popular Media Culture e salienta que tais riscos estão relacionados com o tempo que se gasta a jogar e não propriamente com o tipo de jogo em si. Os autores dizem mesmo que não foi encontrada qualquer ligação entre jogos violentos e comportamentos agressivos na vida real, ou menor desempenho escolar. Jogos como Pokemon Go e outros incentivam as crianças a jogar no GO para combinar o que amam com a atividade física. Há também muitos jogos "ativos" com detecção de movimento, como Just Dance ou Zumba, que eles poderiam tocar.