Tratamento para dependência química: quais são os principais?

No entanto, na hora de buscar ajuda, muitas famílias e até mesmo o próprio dependente fica em dúvida sobre qual é o melhor para ele. Neste sentido, trouxemos para você alguns esclarecimentos sobre o tratamento ambulatorial e sobre a internação para dependentes químicos. Leia também o artigo A verdade que nunca ninguém contou sobre internação gratuita para dependentes químicos. Nossa experiência com pacientes adictos demonstra que este recurso terapêutico é necessário, inclusive na modalidade involuntária, nos casos onde o usuário corre sério risco de vida e/ ou coloca em risco a vida de terceiros. Do mesmo modo, situações onde o usuário começa a praticar pequenos delitos, furtar objetos em casa para trocar pela droga, delapidar o próprio patrimônio ou o da família, a internação deve ser considerada como medida de contenção e redução de danos. O tratamento de dependência química em unidades de internação é uma técnica terapêutica que inclui, na abordagem cognitiva, intervenções nos pensamentos e crenças associados ao uso da droga.

Não obstante, as famílias, na ânsia de acabar definitivamente com o problema da dependência e desacreditadas com o tratamento "demorado" disponibilizado na rede pública, acabam procurando o Judiciário para fazer valer a sua vontade de internar involuntariamente seu parente usuário de drogas. Outro grande facilitador do tratamento, evitando internações desnecessárias, poderia ser a Estratégia de Saúde da Família (ESF) em comunidades com acentuada vulnerabilidade social, como as periferias das grandes e médias cidades brasileiras. No entanto, a falta de estrutura e o preconceito, até mesmo dos agentes da ESF, prejudicam o trabalho e muitas dessas ações sequer incluem a atenção ao uso de álcool e outras drogas.

Tratamento da dependência química: Como deve ser feito?

Uma das abordagens que utilizamos aqui no Grupo Recanto, os grupos de apoio estão centrados no modelo de 12 passos, que ficou mundialmente conhecido por meio de organizações como o Alcoólicos Anônimos (AA) e o Narcóticos Anônimos (NA). Abaixo, falo sobre as possibilidades disponíveis, que precisam ser vistas Clínica de Reabilitação em Rio Bonito de maneira complementar. Para isso, adotamos a abordagem biopsicossocial, na qual são considerados os contextos biológico, psicológico e social do interno. Aqui, no Grupo Recanto, desenvolvemos um método de tratamento individualizado e humanizado, que tem por base protocolos com respaldo científico.

Qual o melhor tratamento para dependentes químicos?

Álcool

Esta interação demonstrou estimular, em alguns pacientes, a criação de diversos significados e também o desenvolvimento de esquemas afetivo-cognitivos mais adaptativos. Caballo (2002) fala que seria uma estratégia intermediária promover uma mudança comportamental do sujeito deprimido através da melhora de suas habilidades sociais, pois resultaria na modificação da reação dos outros sobre ele. A estratégia de autocontrole (Goldfried, 1971, citado por Marlatt & Gordon, 1993) seria a segunda aplicação do relaxamento.

Aqui, o dependente químico ainda possui resistência à mudança, pois não entende os seus comportamentos e atitudes como sendo um problema relevante. A internação voluntária é o modelo em que adicto aceita ir a uma clínica especializada e receber o tratamento necessário. Tanto os dois métodos acima, quanto o aconselhamento em dependência química, que fazem parte do tripé de tratamento no Grupo Recanto, são aplicados durante o período de internação do paciente. As medicações devem ser criteriosamente escolhidas e monitoradas pela equipe responsável. Ter esse cuidado é fundamental para que o dependente químico não abuse dos medicamentos ou adote alguma postura prejudicial à saúde.

Utilizadas muitas vezes por razões religiosas, culturais, recreativas, como forma de enfrentamento de problemas pessoais e sociais, para transgredir ou transcender, enfim, o ser humano sempre usou substâncias psicoativas e sempre usará. Porém, essa relação do indivíduo com a droga pode, dependendo do contexto, ser inofensiva ou apresentar poucos riscos, como também pode trazer prejuízos biológicos, psicológicos e sociais. Comumente na redução de danos, dependentes químicos abandonam drogas consideradas de alto impacto e dano ao organismo, como é o caso da cocaína e do crack. No entanto, o dependente químico não abandona por completo o uso, substituindo essas drogas por maconha e cigarro. A redução de danos reconhece a abstinência das drogas como resultado ideal, mas pode aceitar alternativas que reduzem os danos.

Dependências Químicas: atualização profissional no tema é necessária para as diversas áreas da saúde

Às vezes, a equipe multidisciplinar pode identificar a presença de transtornos mentais associados ao vício em drogas. A intervenção psicoterapêutica consiste em um processo que propõe a combinação de terapias de suporte psicológico com medicamentos. São diversas fases e cada uma delas é estabelecida de acordo com a percepção do profissional quanto às principais necessidades do paciente. Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, avaliou o perfil do usuário de drogas no Brasil com idades entre 12 e 65 anos.

Para isso acontecer é importante estabelecer uma relação de confiança, tentar deixar o dependente saber que ele poderá contar com você mesmo nos dias mais difíceis e inclusive falar sobre coisas que você desaprova. Isso não quer dizer que deve ignorar todas as situações pelas quais passou, mas sim que não deve ficar relembrando ou culpando o dependente por situações passadas, pois fará mal para ambos os lados. Palavras associadas a desvio de caráter, falta de fé ou fraqueza são desferidas impiedosamente contra os mesmos, contudo, é preciso saber que eles estão passando por uma doença como qualquer outra e que apesar de não ter cura, existe tratamento. O que não significa que não exista tratamento e oportunidade de retomar a própria vida. Aqui, ocorre a ressocialização, sobre a qual falo um pouco mais no próximo tópico. Exige um esforço contínuo para que não ocorram recaídas, o que impõe a necessidade de constante disciplina.