A Influência do Cinema na Sociedade: Reflexões e Debates

Sobre esse filme, podemos utilizar as palavras de Xavier (2003) quando aborda o cinema. Ele nos proporciona o usufruto de um olhar privilegiado sobre a favela, um olhar em que podemos estar lá sem efetivamente estarmos lá. O filme atua então como "um olho que não vejo e não me vê, que é olho porque substitui o meu, porque me conduz de bom grado ao seu lugar para eu enxergar mais... talvez menos" (p. 57). A forma como o cinema de Meirelles apresenta a favela é bastante pedagógica, na medida em que o conjunto de valores apresentados como representações da realidade cotidiana reproduz os valores que a prática do senso comum assimila como possível dentro de seu conjunto de valores culturais. Parodiando o título da obra de Foucault (1992), Cidade de Deus é um exercício de exposição "Da vida dos homens infames", que ganham através da película uma notoriedade midiática. No período dos nacionalismos, a reprodutibilidade do cinema era mantenedora de uma conformação do imaginário político e de manutenção do status quo das classes sociais.

Indústria

O cinema é uma indústria que impacta não apenas a economia, mas também a cultura e a sociedade. Ele representa uma importante ferramenta de entretenimento, arte e comunicação, gerando empregos, investimentos financeiros e preservando a história e a cultura do mundo. A tecnologia tem mudado a forma como assistimos aos filmes e o cinema está se adaptando a essas mudanças, investindo em novas tecnologias de som e imagem e oferecendo novas experiências ao público. O cinema 3D e os filmes em realidade virtual são exemplos de como a tecnologia tem sido utilizada para aprimorar a experiência de assistir aos filmes. Esta análise visual crítica passa pelo conhecimento da gramática específica que envolve a produção cinematográfica, pelo exame dos efeitos de verdade que são produzidos através dos diálogos e do aparato cenográfico. Passa também pela reflexão sobre o contexto histórico de sua produção, pelo entendimento da diferenciação dos gêneros fílmicos e como estes contribuem para fixar os sentidos que se almeja passar.

MMA: a multi-disciplinaridade das artes marciais

As imagens do cinetoscópio eram produzidas pelo cinetógrafo, espécie de filmadora também patenteada pela Edison Company. Para funcionar, o usuário deveria inserir uma moeda na máquina que apresentava o filme. Essas primeiras películas demoravam apenas alguns segundos, mas foram ficando longas com o passar do tempo. Na primeira década do século XX, o cinema começou a se popularizar, e muitos estúdios cinematográficos foram criados, principalmente na região de Hollywood, nos Estados Unidos. Nessa perspectiva, o cinema nos devolve a nós mesmos, mas de um jeito diferente, pois estabelece um novo cenário para que nos exercitemos sobre a percepção (fundamento cognitivo), o pensamento (filosófico), a sensação (estético) e o relato (mítico) de nós mesmos.

Meta: empresa de metaverso social

Todavia, em determinados momentos, os filmes hollywoodianos não deveriam mostrar nudez, escravidão de brancos, relações amorosas entre negros e brancos, críticas ao clero, entre diversas outras. Isso pode ajudar a aumentar a conscientização sobre questões importantes e promover mudanças sociais. O Gestão Educacional é um projeto da WebGo Content, uma agência de conteúdo que tem como principal missão gerar conteúdos que respondam todas as suas dúvidas com Clareza, Riqueza e Veracidade. A Era do Cinema Sonoro foi marcada por grandes nomes como, por exemplo, Alfred Hitchcock, Orson Welles e John Ford.

O cinema não é apenas uma prática social, mas um gerador de práticas sociais, ou seja, o cinema, além de ser um testemunho das formas de agir, pensar e sentir de uma sociedade, é também um agente que suscita certas transformações, veicula representações ou propõe modelos. A era de ouro do cinema se iniciou na década de 1920 e se encerrou na década de 1960. Durante esse período, o cinema foi a principal forma de entretenimento para a maior parte das pessoas das grandes cidades do mundo. Diversos estilos cinematográficos fizeram sucesso, como filmes musicais, de terror, de ficção científica, romances e comédias. Além disso, grandes estúdios produziram os principais filmes assistidos em todo o planeta. Eugen Schufftan foi um cineasta que desenvolveu o chamado efeito Schufftan, técnica que revolucionou os efeitos especiais no cinema.

O que o cinema proporciona?

A inclusão de vozes diversificadas em todas as áreas de produção de filmes é uma das melhores maneiras de criar um cinema verdadeiramente representativo e significativo que reflete a realidade da sociedade atual. A concepção de cinema elaborada por Benjamin (1985) opunha-se, em partes, a construção materializada por Adorno e Horkheimer. Para Benjamin, o cinema inaugurou uma nova relação entre as multidões e a arte, ao reproduzir o caráter coletivo do homem moderno, e por isso deve ser pensado dialeticamente. Apenas nesta segunda função, o cinema poderia ser pensado como um veículo que permite a tomada do autoconhecimento das massas, desde que esteja a serviço dos interesses da coletividade. É por esse motivo que o cinema foi um instrumento utilizado por governos nacionalistas para produzir um sentido ideológico da história e como propaganda institucional. As formas de representações instrumentalizadas na linguagem cinematográfica facilitam o processo de alienação social, por contribuir para a formação do imaginário coletivo através dos processos de representações sociais presentes no discurso fílmico.

De repente, deparamo-nos com algo que nos arrebata não por seu conteúdo, mas por seu gesto, estilo, por sua forma. Não esperávamos aquela relação metonímica, essa metáfora, o movimento inesperado da câmera, a entrada triunfal da canção, o efeito da vertigem. É a emoção de presenciar algo que não existia ou cuja existência não tinha sido vista e agora se mostra em toda sua potência. É o aedos cantando temas conhecidos dos gregos, mas com o engenho próprio do momento.

Como falar sobre cinema é um guia completo como se tornar um especialista da sétima arte. Seja na tentativa de impressionar alguém após a exibição de um filme de arte ou ao discutir as indicações ao Oscar entre amigos, a maioria das pessoas gosta de descobrir maneiras de ver e falar sobre cinema. Os filmes para educação infantil proporcionam muitos aprendizados e não somente diversão. Eles são capazes Filmes Online HD de estimular a observação, a sensibilidade, a imaginação e a capacidade de julgamento nos pequenos. Além disso, eles articulam espaços de discussão e de interpretação com educadores e crianças na escola. Entre elas, está a possibilidade de fortalecer o gosto pela arte, despertar a criticidade e reter a atenção dos alunos para assuntos que, normalmente, são repassados pelas aulas expositivas.

Esse processo de desnaturalização do filme pode se realizar ainda através da utilização de filmes cujas temáticas exploram aspectos pouco abordados pelas redes discursivas estabelecidas. Dentro desse contexto informativo vimos surgir novas linguagens e novas formações culturais, nas quais os dispositivos informativos e os artefatos visuais atuam como objetos de circulação do conhecimento. A linguagem imagética do cinema cada vez mais tem contribuído na dinamização do processo de aprendizagem de crianças, jovens e adultos. Durante esse período, o cinema se consolidou como uma nova forma de arte e entretenimento, encantando o público com suas imagens em movimento. Neste período, a maioria dos filmes mudos era em preto e branco, com algumas exceções colorizadas manualmente.

Quando empregado de forma crítica na escola, o cinema funciona como construtor de um conhecimento novo. Substituem-se, assim, os discursos "que se originam numa concepção de conhecimento que almeja a objetividade e têm a função de difundir conhecimento", por diálogos cuja meta "é a própria intersubjetividade" (DUARTE, 2010, p. 24). O cinema pode ser utilizado como uma ferramenta para combater estereótipos e preconceitos, através da produção de filmes que retratam a diversidade cultural e as diferentes realidades sociais. O papel da diversidade e inclusão no cinema contemporâneo é vital para o sucesso futuro da indústria. O cinema tem o poder de influenciar a sociedade e moldar nossas percepções sobre o mundo em que vivemos.

Essa transição para a cor foi gradual ao longo das décadas seguintes, com a invenção de novas tecnologias e técnicas de gravação. Essa mudança tecnológica impactou profundamente como as histórias eram contadas, criando novas possibilidades de expressão e abrindo caminho para o desenvolvimento de gêneros cinematográficos até então inexistentes. A era do cinema mudo foi marcada por grandes nomes como Charlie Chaplin, Buster Keaton, Greta Garbo e Harold Lloyd.

Segundo Moscovici (1988), o senso comum é um tipo de pensamento em que as pessoas comuns procurariam articular o conhecimento à sua vida sem pretensão de transcendência e sem necessitar de regras e convenções para pensar. Seria um pensamento livre, embora fortemente influenciado pela tradição e pelos estereótipos de linguagem (MOSCOVICI; HEWSTONE, 1988). A principal característica do cinema é a capacidade de registrar e projetar imagens em movimento. Dessa forma, se alguém falar sobre cinema iraniano, por exemplo, estará se referindo a todos os filmes originados do Irã. Por sua vez, o cinema de Steven Spielberg é o conjunto de filmes que esse cineasta dirigiu e/ou produziu.

O cinema é uma das formas mais populares de entretenimento e arte da atualidade, tendo um impacto significativo na cultura e na sociedade em geral. A indústria cinematográfica ainda é dominada por homens brancos, e muitas vezes vemos a falta de diversidade em termos de gênero, raça, orientação sexual e outras identidades. A produção de filmes envolve uma grande quantidade de dinheiro, desde a criação do roteiro até a finalização do filme. Além disso, os estúdios investem em marketing e publicidade para promover seus filmes. O retorno financeiro pode ser ainda maior, em casos de grandes sucessos de bilheteria. Os diretores, produtores e roteiristas são os profissionais responsáveis por produzir os filmes que nos emocionam, nos transportam para outros mundos e nos ensinam mais sobre a vida.

Para isso deve-se partir de uma análise sob um enfoque sócio-cultural para se construir uma didática que identifique e discuta as questões ideológicas e mercadológicas que envolvem produções culturais como o cinema. Essa virada no papel que o cinema possa vir a desempenhar na produção do saber escolar está profundamente atrelada ao seu uso didático, onde este atua como uma "ferramenta na construção do saber" ou ainda como "campo de experimentação onde o conhecimento é vivenciado" (MAUAD, 2009, p. 247). Ao invés de assisti-lo como uma forma de mimetização da vida social, propomos uma "desorganização" escolar das imagens produzidas pelo cinema reificado, de modo que retomemos a capacidade de ver e pensar diante da crescente inflação de imagens.