Isso porque, ao longo do tempo, existe uma variação acumulada da inflação, ou então o próprio item passa a se valorizar. Cada consorciado paga uma parcela mensal, sendo que todas as cotas têm o mesmo valor. Tanto o valor quanto o prazo das parcelas são determinados em contrato. Outra vantagem de financiar ou optar pelo consórcio é porque ambos têm o seguro de MIP que é o seguro de morte e invalidez permanente e o DFI que é o de danos físicos ao imóvel. De toda forma, o financiamento é uma boa opção para quem precisa do imediato. Quando o número da sua cota é sorteado, significa que sua carta de crédito é contemplada.
Já para outras famílias, é difícil pagar o aluguel e ainda reservar um dinheiro, então o financiamento pode ser uma escolha. “A principal vantagem é agilidade para concretizar o sonho de estar em um imóvel que um dia será seu. E um dos pontos negativos é o tamanho da dívida, especialmente quando se faz um financiamento de longo prazo, em que o valor total pago será maior do que o valor do imóvel”. A planejadora Fernanda Prado também lembra a importância do planejamento ao assumir uma dívida como um financiamento imobiliário. “Se estou assumindo compromisso financeiro, é preciso pensar nos riscos, como queda de renda no período do financiamento, e ter cuidado para honrar com o compromisso e não ter o risco de o imóvel ir a leilão, por exemplo”, diz. No consórcio, a instituição realiza a análise de crédito e renda para identificar se o solicitante possui condições para pagar as parcelas.
A comprovação disso, conhecida como certidão de ônus reais, pode ser conseguida em qualquer cartório. Para retirá-la, é necessário informar o endereço do apartamento ou da casa. Se a empresa vier a falir e o banco quiser o bem como pagamento, a certidão vai comprovar que o investidor está protegido. Então, o banco vai comprar o bem e o comprador iniciará o pagamento das mensalidades ao banco até a quitação da dívida. Dessa maneira, a primeira etapa para escolha do seu consórcio será a definição do motivo pelo qual você precisa do consórcio, qual será o bem comprado com ele e qual o valor disponível para pagamento mensal da carta. Além disso, o consórcio pode ser utilizado para a geração de lucros, como aluguéis advindos de um imóvel, por exemplo, ou então salários obtidos a partir de serviços prestados com a compra de um veículo.
O que vale mais a pena: consórcio ou financiamento?
O consultor financeiro Pedro Henrique Dias Silveira explica que essa opção pressupõe planejamento. Isso porque não se ajusta a quem tem pressa para mudar, “porque no consórcio não existe uma certeza de contemplações, existe probabilidade”. As taxas de juros são limitadas a 12% ao ano, quando o valor do imóvel está dentro dos limites do SFH, isto é, de até R$ 1,5 milhão. É exigido ter uma renda familiar máxima, que muda conforme a região brasileira. Ou seja, se você não tem dinheiro para comprar o carro à vista, mas também não tem urgência extrema para conseguir as chaves em mãos, o consórcio é a melhor alternativa para ganhar fôlego e fazer uma compra planejada.
Quais são as vantagens do consórcio?
Para quem quer aumentar as suas chances de contemplação no consórcio, há a chance de ofertar um lance, ou seja, oferecer um valor como antecipação de parcelas do consórcio. E como já falamos acima, no financiamento o bem adquirido, que aqui é o automóvel, é uma garantia de que a dívida será paga, portanto, o carro ou moto comprados são a garantia do empréstimo. E carta de crédito contemplada esse pagamento é parcelado, portanto, as prestações são compostas pelo valor do bem parcelado, por tarifas, juros e seguro, caso seja o caso, além de impostos como o IOF. Deste modo, o crédito é repassado para a concessionária que vendeu o veículo, possibilitando que o bem adquirido seja quitado com a loja e depois o empréstimo é pago para a instituição financeira pelo cliente.
O consórcio é uma modalidade em que um grupo de pessoas se junta para adquirir um bem ou serviço. Por meio desse tipo de crédito, podem ser adquiridos imóveis, carros, máquinas agrícolas, viagens e até festa de casamento. Então, se você optar pelo consórcio, é preciso saber como funciona o passo a passo para a aquisição dessa modalidade de compra de imóvel.
Segundo a especialista em planejamento financeiro Fernanda Prado, uma das vantagens é o custo mais baixo para a aquisição, já que quem participa de um consórcio não paga juros, como em um financiamento. Se você precisa ou quer se mudar com urgência, o financiamento pode ser a melhor opção, uma vez que oferece a liberação de crédito rapidamente. Essa é uma das grandes preocupações de quem vai adquirir um imóvel, pois impacta drasticamente no valor do imóvel. No financiamento, há taxas e juros aplicados nas parcelas que podem variar conforme a Selic. No financiamento, você sai com o valor disponível para pagar o imóvel e então começa a pagar as parcelas.
Quais são os custos do consórcio?
Os consórcios imobiliários são formados por grupos que se reúnem para comprar um bem imóvel, como uma casa ou um apartamento. Além disso, ele pode ser usado para adquirir imóveis comerciais, reformar, construir ou comprar um terreno com prestações sem juros. Ou seja, no consórcio, ainda que haja um sistema de parcelas mensais, a organização em grupos faz com que a liberação de créditos seja ao acaso ou dependa de lances (e outras modalidades que variam de instituição para instituição). Os financiamentos, por outro lado, são pensados para aquisições imediatas. Assim, o financiamento imobiliário é mais indicado para quem precisa usufruir do imóvel rapidamente, precisa de previsibilidade nos pagamentos e/ou tem um orçamento mais apertado.
Assim, se por acaso o cliente atrasar as parcelas ou cair na inadimplência, o produto poderá ser tomado pela instituição financeira e até ir a leilão. “Se não tem dinheiro guardado para isso, precisa pensar em renda extra ou optar por outra opção, como o consórcio”, orienta Gama. Já nos sistemas de consórcios, o consorciado paga somente as mensalidades determinadas pela administradora no contrato. Se o preço do imóvel for maior que a carta de crédito, o consumidor pode complementar da maneira que puder, seja adicionando recursos próprios ou até financiando o restante.
Portanto, investir tempo para conhecer as características, vantagens e desvantagens de cada modalidade de compra é essencial para um planejamento financeiro sólido e sustentável. Porém, essa opção requer uma análise cuidadosa das taxas de juros, do prazo de pagamento e da capacidade mensal de endividamento. Por outro lado, a contratação de um consórcio é bem menos burocrática, pois não passa por essa etapa inicial de análise de crédito.
Há algumas diferenças bem marcantes entre o financiamento e o consórcio. No consórcio, é preciso aguardar ser contemplado ou sorteado, levando um tempo imprevisível. Isso não ocorre na modalidade consórcio, já que em cenário de alta valorização, a carta de crédito pode não ser suficiente para a compra de um imóvel no padrão desejado.
Em relação aos prazos, o financiamento oferece mais flexibilidade do que o consórcio, principalmente no caso de imóveis. Isso porque há instituições financeiras que operam com 30 anos ou mais. No caso dos consórcios, a situação do consorciado só é analisada quando ele é contemplado pela carta de crédito. Assim, é possível começar a pagar as mensalidades e ter tempo para regularizar sua situação. Os bancos não podem fazer a cobrança de uma taxa de juros acima de 12% ao ano dentro do SFH, no entanto, existem limites no valor do financiamento.