Automedicação: Entenda os perigos, cuidados e riscos da prática Einstein

“Nesse caso, essa intoxicação é capaz de provocar desde tontura e sonolência até convulsões”, aponta. A fim de incentivar a administração correta de remédios de acordo com as normas do SUS, o Ministério da Saúde instituiu o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNPURM). Para facilitar o acesso à informação, a Anvisa disponibiliza diversas bulas por meio de um bulário eletrônico. Além disso, na página de cada medicamento dentro do Consulta Remédios, a bula pode ser encontrada de maneira organizada e de fácil compreensão.

Por afetarem o sistema nervoso central, esses produtos exigem um controle maior na hora de serem adquiridos. Isso porque, se utilizados fora da prescrição médica, podem levar a efeitos colaterais graves e causar dependência química. Tais medicamentos só podem ser adquiridos mediante a apresentação e a retenção da receita. O trabalho foi publicado na revista científica Clinical Infectious Diseases e analisou prontuários eletrônicos de crianças para avaliar os efeitos da prescrição de antibióticos na primeira infância.

Na prática de consultório, Bruna Borges observa que os casos mais recorrentes de automedicação são para sintomas leves e agudos. São os casos de dor de cabeça, dores musculares ou cólicas menstruais, usando principalmente analgésicos e anti-inflamatórios, como dipirona, paracetamol e ibuprofeno. Outro uso comum é para sintomas gripais e resfriados, situações em que a população recorre a antigripais, xaropes e, de forma perigosa, antibióticos e descongestionantes nasais”, relata a médica da Afya. Outro problema significativo está relacionado à resistência a antibióticos, um fenômeno que tem se intensificado nas últimas décadas e está diretamente associado à automedicação.

Outro ponto relevante é o papel do farmacêutico na identificação de interações medicamentosas. Muitos pacientes, ao se automedicarem, desconhecem os potenciais riscos de combinar diferentes substâncias. Santana (2020) enfatiza que o farmacêutico é o profissional mais qualificado para identificar possíveis interações e alertar os pacientes sobre os perigos de utilizar múltiplos medicamentos sem orientação adequada.

Pereira et al. (2021) ressaltam que esse comportamento é especialmente comum em doenças crônicas e em casos de sintomas recorrentes, como dores de cabeça e resfriados, o que aumenta o risco de complicações graves. A atuação do farmacêutico nesse cenário envolve não apenas a orientação no momento da compra, mas também a realização de campanhas de conscientização e a participação em programas de saúde pública que visem educar a população sobre os riscos da automedicação. É importante ressaltar que a automedicação pode trazer uma série de consequências negativas, desde reações adversas até o agravamento de doenças. Muitos medicamentos vendidos sem prescrição médica são utilizados de forma inadequada, seja em dosagens erradas ou para condições que não requerem o uso daquela substância específica. Ramos e Silva (2022) argumentam que o farmacêutico, ao promover o uso racional de medicamentos, atua como um agente de saúde pública, evitando que os pacientes utilizem medicamentos de forma indiscriminada e, assim, prevenindo complicações sérias. A educação dos pacientes, portanto, é uma das principais estratégias para mitigar os riscos da automedicação.

Automedicação: riscos e consequências para a saúde

O que é o uso indiscriminado de medicamentos?

Outro dos perigos da automedicação é que ela atrasa a procura de aconselhamento médico e tratamento adequado. A automedicação pode desencadear outras formas de uso irracional de remédios, como abuso de medicamentos, chamado de polimedicação, e uso excessivo e administrado de forma inadequada. A automedicação é “o ato de tomar remédios por conta própria, sem orientação médica”, como define o Ministério da Saúde. Alterações na dieta devem ser sempre acompanhadas por profissionais de saúde, especialmente ao excluir ou adicionar grupos alimentares importantes. A internação de Lô Borges é, portanto, um momento que une a preocupação com um artista querido à reflexão sobre a necessidade de valorizar os profissionais de saúde, como os farmacêuticos, que estão na linha de frente da prevenção de eventos adversos como este. A orientação do conselho é que o descarte dos medicamentos vencidos ou em desuso deve ser feito nos descartômetros, que são pontos de coleta apropriados que ficam nas farmácias ou unidades de saúde.

Como evitar

Náuseas, vômitos, diarreias, alterações na pressão arterial e danos a órgãos vitais estão entre os riscos apontados. Além disso, a prática pode gerar dependência ou reduzir a eficácia do tratamento quando o paciente realmente precisa do medicamento. Para reduzir riscos, especialistas destacam a importância de buscar orientação com o profissional disponível nas farmácias. Vários hospitais estão pedindo que os usuários façam uso do lembrete dos tratamentos, mas muitas vezes os serviços ofereços ou pedidos são bloqueados por questões técnicas.

  • Os riscos associados à automedicação são variados e incluem, entre outros, o atraso no diagnóstico ou diagnósticos incorretos, uma vez que o uso de medicamentos pode mascarar sintomas e agravar problemas de saúde.
  • Além disso, a variedade de produtos criados pela indústria farmacêutica e a facilidade de obter os medicamentos na farmácia e por compras online, cria uma cultura de comodidade para o usuário que não vê barreiras de acesso aos remédios.
  • É composta por um conjunto de procedimentos dirigidos de forma coletiva ou individual aos usuários de todos os serviços de saúde.
  • Finalmente, é necessário destacar que a automedicação também está ligada a questões socioeconômicas, onde o acesso limitado a cuidados médicos leva muitas pessoas a buscar alternativas no uso indiscriminado de medicamentos.
  • Para Ferreira e Costa (2021), um dos principais problemas relacionados à automedicação é o uso indevido de substâncias que podem provocar reações adversas severas.

Conforme aponta a Harvard Health Publishing, esta é uma das principais causas de doença hepática na atualidade. Selecionar versões dietéticas ou naturais pode ser uma alternativa, mas a melhor maneira de evitar danos é reduzir o consumo desses produtos o máximo possível e priorizar líquidos naturais. Bebidas açucaradas, como refrigerantes, são ricas em açúcares adicionados e elevam rapidamente o risco de fígado gorduroso devido ao excesso de calorias. Isso prejudica ainda mais quem já apresenta fatores de risco metabólicos, tornando a moderação fundamental. Quando despertamos no meio da noite e não conseguimos dormir novamente, perdemos justamente essa fase mais importante. Segundo a Associação Brasileira de Sono (ABS), no país em média a população dorme apenas 6,4 horas, contrária a recomendação da Fundação Nacional do Sono, dos Estados Unidos, é de que adultos com 18 a 64 anos durmam de 7 a 9 horas diariamente.

O alívio imediato da dor após o uso de alguns medicamentos pode tornar-se um vício, fazendo com que o paciente não viva mais sem o remédio. O problema está no fato de que a ingestão recorrente pode fazer com que a substância não tenha mais efeito no organismo ao longo do tempo. Alguns tipos de medicamentos, mais especificamente os não tarjados, não exigem a comprar cytotec prescrição médica, sendo comercializados livremente. Esses remédios são caracterizados pela baixa toxicidade e comumente são representados por substâncias que tratam sintomas de resfriados, azia, má digestão e dor de cabeça. Os médicos, farmacêuticos e profissionais de saúde em geral devem contribuir para divulgar a importância da orientação médica no processo de diagnóstico. Nesse sentido, a especialista  reforça  que a principal forma de prevenção é a informação.

Tipos de uso irracional de medicamentos

Como já destacamos, o excesso de medicamentos pode causar intoxicação, reações alérgicas e dependência, entre outros problemas. Então, vale reforçar essa informação para os pacientes e proibir que eles estendam o tratamento por conta própria. Os remédios são essenciais nos cuidados com a saúde, mas precisam de racionalidade no uso por causa dos perigos da automedicação. O imediatismo para eliminar um sintoma não raro leva ao uso inadequado e, muitas vezes, desnecessário dos medicamentos. “A data foi instituída para reforçar a importância do uso consciente dos medicamentos, alerta especialmente para os perigos da automedicação.

Finalmente, é necessário destacar que a automedicação também está ligada a questões socioeconômicas, onde o acesso limitado a cuidados médicos leva muitas pessoas a buscar alternativas no uso indiscriminado de medicamentos. Além dos efeitos diretos na saúde, a automedicação pode levar ao agravamento de doenças preexistentes. Muitas pessoas utilizam medicamentos para mascarar sintomas, sem perceber que, ao fazer isso, estão retardando o diagnóstico correto de uma condição subjacente. Isso é especialmente preocupante em casos de doenças graves, como câncer e doenças cardíacas, onde o tempo é um fator crucial para o sucesso do tratamento. Oliveira (2021) destaca que a automedicação pode prolongar o sofrimento do paciente, já que o uso de medicamentos inadequados pode camuflar os sinais de alerta de doenças que necessitam de intervenção médica precoce.

Os fitoterápicos também não fogem da necessidade de serem usados com orientação médica. Conforme o levantamento do ICTQ citado acima, os analgésicos são os mais usados por conta própria. Um artigo de 2019 na Revista JRG de Estudos Acadêmicos destacou que a ingestão de analgésico sem orientação tem ocasionado um crescimento da dependência desse remédio. Antonio exemplifica casos em que pacientes mudam a dosagem de um medicamento sem orientação, baseados apenas na sua percepção de que o remédio não está fazendo bem ou de que a dose não está adequada. Muitas pessoas não sabem que um remédio pode anular o efeito de outro e acabam fazendo combinações inadequadas que podem ocasionar problemas cada vez maiores. O uso abusivo de antibióticos pode aumentar a resistência de microrganismos, comprometendo a eficácia do tratamento.

O uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar diversos problemas, sendo um deles a intoxicação. De acordo com a Anvisa, os medicamentos que mais causam intoxicação são os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Existem casos em que o medicamento é necessário, o que reforça a importância dos pacientes entenderem sobre os riscos da automedicação. O alívio de um sintoma pode esconder uma condição séria, atrasando o diagnóstico e o tratamento correto. “Uma dor de cabeça persistente pode ser sinal de algo mais grave, e o uso contínuo de analgésicos impede a investigação da causa”, explica a médica.